Helena Chagas era a Secom “foca”
Email: Enviado a nossa redação Pelo Editor da Presidenta da República do Brasil: Davis Sena Filho
Helena
Chagas, à frente da Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência da
República, comportou-se como uma jornalista “foca” — a Secom “foca”.
Não por ser profissionalmente uma “foca”, como são chamados os
jornalistas em início de carreira, mas, sobretudo, por parecer uma
“foca” de apresentação circense, a bater palmas enquanto o circo pega
fogo e ela se omite e se afasta do processo de embate, a tocar lira e a
não responder à altura aos ataques sistemáticos ao Governo trabalhista
nos três anos que chefiou a Secom.
A
Secretaria é um órgão estratégico para qualquer governo e sempre
deveria ser ocupada por quem tem discernimento para perceber os
acontecimentos políticos e, principalmente, coragem para enfrentar uma
imprensa de negócios privados e controlada por meia dúzia de famílias
bilionárias e extremamente conservadoras, que tratam, arbitrariamente, o
Brasil de 200 milhões de habitantes e que é a sexta economia do mundo
em grandeza como os quintais das casas delas.
Há
muito tempo a atuação da jornalista Helena Chagas é questionada pelo
PT, por seus políticos eleitos e também pelos seus militantes. Nunca, em
momento algum, a Secom tratou como rotina a ser cumprida o fato de
mostrar as realizações do Governo trabalhista, bem como rebater, sem
demora e com firmeza, as acusações e denúncias contra o Governo do qual
Helena Chagas participou.
Diga-se
de passagem, acusações e denúncias muitas vezes infundadas, além de
notícias repercutidas em off e declarações da oposição de direita, que,
invariavelmente, considera quaisquer questões ou problemas a serem
resolvidos em um “Deus nos acuda”, cujo propósito é desgastar a imagem
do Governo, da presidenta Dilma Rousseff, do PT e, consequentemente,
sabotar os programas sociais, alguns tidos como referências em âmbito
internacional, porque o que vale para a imprensa familiar e alienígena é
a luta política, que vai ter seu ápice em outubro deste ano quando o
povo brasileiro vai às urnas escolher o político que vai sentar na
cadeira da Presidência da República.
Helena
Chagas não é uma profissional fraca ou incompetente. Contudo, não é
talhada para ocupar um cargo e exercer uma função que requer, antes de
tudo, descompromisso com a mídia corporativa, de mercado, que,
inquestionavelmente, quer pautar e pauta autoridades da República, a
começar por alguns juízes do STF e TJ, promotores do MPF, parlamentares
do Senado e da Câmara e até mesmo políticos que ocupam cargos no
Executivo e que, por conveniência, cumplicidade e medo, fazem o jogo dos
magnatas bilionários de imprensa, que lutam, sem dar trégua, para que a
direita brasileira retorne ao poder federal.
A
ministra Helena Chagas se conduziu, a meu ver, de maneira pusilânime e
acanhada, no que diz respeito à sua atuação como chefe de Comunicação
Social do Governo trabalhista. E mais do que isto: jamais defendeu o
Governo como deveria fazê-lo, ou seja, rebater e responder a qualquer
acusação e denúncia feita pela oposição liderada pelo PSDB, pelo
Ministério Público Federal e principalmente pela imprensa empresarial,
que no passado apoiou não somente um golpe de estado, bem como foi
aliada constante dos cinco presidentes generais que governaram,
ilegalmente, este País em um longo período de 21 anos.
Acontece
que Helena Chagas é “filha” da imprensa dos barões, particularmente o
jornal O Globo e sempre teve, o que não é um pecado, boas relações com o
sistema midiático hegemônico e que há mais de dez anos atua e age como
um verdadeiro partido político, defensor dos interesses da Casa Grande,
das grandes corporações privadas estrangeiras e de governos dos países
considerados desenvolvidos, notadamente os Estados Unidos.
A
jornalista Helena Chagas compôs com o sistema midiático empresarial e
nunca o enfrentou quando era necessário. Ponto! Afinal, ela pertence a
um governo cuja comunicação social não consegue ampliar suas realizações
para repercuti-las em todo o Brasil. Simplesmente a maioria da
sociedade que elege os mandatários trabalhistas, a exemplo de Lula e
Dilma, não tem acesso à informação, no que concerne saber e compreender o
que está a ser realizado no Brasil em termos de obras em geral e
infraestrutura, em particular, além de os inúmeros programas sociais,
que são um sucesso, serem desconstruídos pela mídia de caráter golpista,
que, incessantemente, luta para que o Brasil não seja independente e
que seu povo não conquista a emancipação.
Nunca
compreendi o porquê de o PT e de muitos de seus líderes terem a
necessidade de flertar com a direita ou com gente pertencente ao
sistema, ao establishment, como é o caso de Helena Chagas e de muitos
outros que se aproximaram dos trabalhistas e dos socialistas, mas que,
no fundo, apenas queriam poder e fama ou talvez apenas ocupar cargos ou
dar opiniões para sanarem os vazios de seus orgulhos e vaidades.
Eu
defendo o PT, porque acredito em seu programa de Governo e projeto de
País. Ponto! Não que o PT não cometa erros, equívocos e que até mesmo
alguns de seus membros tenham cedido à tentativa de fazer malfeitos. A
questão não é esta. O que me chama a atenção é que o PT ainda cede ao
status quo e se envolve com pessoas que não estão dispostas a defender o
programa apresentado pelos petistas ao grande e nobre povo brasileiro, a
nossa verdadeira elite, porque chique e trabalhador e livre de ter a
alma colonizada e com complexo de vira-lata, como acontece com os ricos e
a classe média tradicional deste País.
Helena
Chagas tão somente se omitiu e atuou como “dama” de companhia da
presidenta Dilma Rousseff e não como uma assessora que está no cargo
para defender o Governo. Não brigou, não lutou, não respondeu à altura,
não divulgou as incontáveis obras e os programas sociais e, sobretudo,
não rebateu, de pronto, as acusações — as injustas, e muito menos se
dispôs responder, com determinação e firmeza, as muitas denúncias vazias
da imprensa golpista, no que concerne a acusar autoridades de cometerem
crimes e, depois de algum tempo, ficar comprovado que tal acusado não
cometeu delitos, porém, teve sua imagem manchada e sem direito a dar uma
resposta contundente através da mídia de seus detratores. Isto
aconteceu e esses fatos são inquestionáveis, pois verdadeiros.
Pelo
contrário, quando alguém do Governo trabalhista ou setores importantes
da sociedade civil falavam em criar uma nova Lei para os Meios de
Comunicação, como aconteceu na Argentina, além de existir nos Estados
Unidos e na Inglaterra, Helena Chagas sempre fez ouvidos moucos, porque
compromissada com o sistema midiático privado, já que foi funcionária
com cargo de chefia nas Organizações(?) Globo, bem como em outras
empresas as quais ela sempre tratou com pão de ló e com uma paciência
que até o Jó, personagem bíblico, a perderia.
A
verdade é que a jornalista Helena Chagas não fez o que deveria fazer.
Entretanto, a culpa por isto ter acontecido é mais da presidenta Dilma
Rousseff do que propriamente da chefe da Secom, que afirmou que vai
deixar o cargo em março. Espera-se que o novo titular da Pasta seja um
profissional que defenda o Governo trabalhista com rapidez e mostre o
Brasil que a imprensa elitista se recusa a mostrar. Para isto, tem de
mostrar coragem. Já era tempo e hora de haver mudanças.
Aproximam-se
as eleições, que vão ser muito duras e vão mobilizar a direita como ela
nunca se mobilizou antes. Os conservadores estão fora do poder há 12
anos e só em pensar em perder de novo outra eleição para os trabalhistas
sentem calafrios e o desespero toma conta de suas esperanças de voltar
no tempo e, consequentemente, edificar um País do sonho de nossas
“elites” herdeiras da escravidão e proprietárias das casas grandes, que é
o de desconstruir o que foi feito e, por sua vez, construir um Brasil
VIP, portanto, para poucos e a ter como vocação o retrocesso. É isso aí.
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