segunda-feira, 11 de abril de 2011

PRODUÇÃO DE MARACUJÁ DA CAATINGA TEM VANTAGENS PARA COMUNIDADES EXTRATIVISTAS DO BIOMA

O maracujá da caatinga, também conhecido como maracujá-do-mato, é uma fruta nativa das áreas secas do Semiárido. De sabor agradável e resistente a longos períodos de estiagem, tem sido indicada por pesquisadores como uma opção de cultivo para desenvolvimento de uma fruticultura de sequeiro na região. O pesquisador da Embrapa, José Egídio Flori, afirma que a cultura não exige agrotóxicos, é resistente a muitas doenças que atacam o maracujá amarelo (tradicional), e é muito rica em vitamina C e potássio. Na sua avaliação, o mercado já está pagando um bom preço pelo maracujá-do-mato, principalmente quando se considera que não é preciso muito investimento para sua produção.  
Na comunidade de Serra Grande, interior de Curaçá – BA, 15 famílias acompanhadas pela Cooperativa Agropecuária Familiar dos municípios de Canudos, Uauá e Curaçá (Coopercuc) já estão cultivando maracujá da caatinga. O plantio ocorre nas mesmas áreas onde as famílias mantem as roças de feijão, milho e mandioca. Esse trabalho teve inicio quando o Irpaa iniciou nessa região, as primeiras discussões sobre as alternativas de geração de renda familiar a partir das frutas da caatinga. A experiência dessas famílias que, além do plantio, beneficiam e exportam o maracujá da caatinga, agregando mais valor ao produto e gerando alternativa de renda, confirma a previsão da Embrapa que acredita na potencialidade do cultivo desta variedade do maracujá nas áreas de sequeiro, algo que já ocorre com mais força com relação ao umbu, por exemplo.  
Na região de Serra Grande, algumas propriedades familiares cultivam o maracujá da caatinga e estão agora investindo na certificação orgânica, o que significa mais valorização aos produtos na hora da comercialização.


Fonte: Irpaa

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