Ontem (13), o Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA completou 21 anos. Ele instituiu e estabeleceu o funcionamento dos Conselhos Tutelares, órgãos autônomos que têm o objetivo de garantir que crianças e adolescentes tenham acesso a seus direitos e garantias. Os Conselhos já se encontram em 92% dos municípios brasileiros. Um avanço na garantia do cumprimento dos direitos da criança e do adolescente. Em Juazeiro o Conselho atua com uma série de obstáculos. “Temos apenas três conselheiros atuando e não temos estrutura adequada para atuar em todo o município,”, enfatiza Rosana Maria Oliveira Presidente do Conselho Tutelar de Juazeiro.
A situação em outros municípios baianos não é muito diferente. “Não existe treinamento e capacitação muitos conselheiros não conhecem o estatuto e em muitas locais falta telefone, sede própria” relata Jean Lucas Guidetti membro do CECA, Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente - CECA. Órgão deliberativo, formulador e controlador das políticas públicas estaduais, voltadas para o atendimento à criança ao adolescente, observar as diretrizes do Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA.
Em Juazeiro o CMDCA – Conselho Municipal dos Direitos da Criança e Adolescente carece de equipe técnica como secretário e motorista. “As atividades são comprometidas pela falta de suporte financeiro e humano”, enfatiza Antonio Marcos Evangelista membro do CMDCA de Juazeiro. È função do órgão fiscalizar o cumprimento dos pré-requisitos exigidos pelo ECA para admissão dos Conselheiros Tutelares, como a idoneidade moral e residência no município, podendo suspender ou mesmo demitir o conselheiro. O CMDCA també acompanha as politicas públicas municipais voltadas para crianças e adolescentes.
A ONU define o ECA como a melhor legislação brasileira. Contudo o Estatuto que é motivo de elogio em todo o mundo devido as suas inovações e o seu vanguardismo tem muitos dos seus principais artigos descumpridos pela sucessão de barreiras financeiras e organizacionais. Comprometendo a fundamental articulação entre as esferas de poder Municipal, Estadual e Federal para o funcionamento eficiente dos diversos órgãos que atuam em prol das crianças e adolescentes chegando a interferir decisivamente na atividade de base desenvolvida pelos Conselheiros Tutelares, isto é, envolver a família e a escola na defesa dos direitos de seus estudantes e filhos.
Fonte: IDESAB - Instituto de Desenvolvimento Social e Ambiental
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