sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Acorda Brasil estão exterminando os representantes institucionais e polícia abre inquérito para apurar ameaças contra promotora de justiça em Belo Horizonte/MG

Polícia abre inquérito para apurar ameaças contra promotora de justiça O carro dela foi pichado enquanto ela participava de um grupo de orações no Bairro Belvedere

João Henrique do Vale - Estado de Minas


A mulher já tinha sido ameaçada outra vez e andava com escolta (TV Alterosa/Divulgação)
A mulher já tinha sido ameaçada outra vez e andava com escolta


A Polícia Civil abriu inquérito na tarde desta quinta-feira (15/9) para investigar as ameaças sofridas pela Promotora de Justiça Laís Maria Costa Silveira. Ela teve o carro pichado no Bairro Belvedere, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. O 1º Departamento da Polícia Civil ficará responsável pelo caso. A promotora deverá ser ouvida pela delegada Tânia Darc dos Santos nesta sexta-feira.

Na noite dessa quarta-feira, Laís Maria Costa Silveira saiu da promotoria, passou na casa de uma amiga e foi até um local descampado no Bairro Belvedere, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, onde se reúne com um grupo de oração.

Quando voltou para o carro, por volta das 19h, ela e a amiga encontraram o veículo pichado, com os dizeres em amarelo: "Vadias. A morte sempre está perto". O pneu do carro também foi furado. Promotora de Justiça tem ameaças pichadas em carro em Belo Horizonte
As duas entraram no veículo e pararam em um posto de combustível para encher o pneu. Elas seguiram pela Avenida Nossa Senhora do Carmo e avistaram uma viatura da Polícia Militar. Os militares as encaminharam para uma companhia de polícia, para registrar um boletim de ocorrência, o que acabou não acontecendo. "O militar não quis fazer o boletim, pois nós não sabíamos precisar o local e o horário que aconteceu o fato", diz a promotora.

Silveira foi para casa de uma amiga e nesta manhã procurou um o Juizado Especial Criminal para registrar a ocorrência. Laís deixou fotos e um laudo de um borracheiro que mostra os furos nos pneus do carro.

Ameaças
A promotora afirmou que já sofreu ameaças em janeiro de 2010 e recebeu escolta policial, que depois foi suspensa. No caso de quarta-feira, Laís afirma que deve ter sido seguida, pois não costuma frequentar o local onde aconteceram as ameaças. "Tenho certeza que fomos seguidas, pois não tenho costume de fazer esse trajeto. Lá era bem escondido para alguém passar e ver meu carro", revelou.

Nesta manhã ela comunicou o fato ao Ministério Público, que ordenou uma escolta para a promotora.

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