quarta-feira, 14 de setembro de 2011

NEM TUDO SÃO FLORES NO “PACOTÃO” DA EDUCAÇÃO GERA DISCUSSÃO ENTRE PROFESSORES E DIREÇÃO DA APLB SINDICATO EM JUAZEIRO/BA

"PACOTÃO” DA EDUCAÇÃO GERA DISCUSSÃO ENTRE PROFESSORES E DIREÇÃO DA APLB SINDICATO

A votação do “pacotão” da Educação ontem (13) foi unanimidade apenas entre os vereadores da situação e da oposição na Casa Aprígio Duarte Filho. Após a sessão alguns professores destilaram ao blog o seu descontentamento.
O professor Sérgio Rego foi o primeiro a se manifestar contra o que os vereadores alardearam como “o milagre” na educação municipal. “Primeiro que votam rapidamente sem ler os projetos para que a gente entenda o que está sendo votado. Até entendo que algo está sendo feito, mas não digam que já está bom, porque não está. Se a educação já estivesse boa os filhos do prefeito e dos vereadores estariam na escola pública. Pelo contrário, eles estudam em escola particular”, protestou.
Sérgio Rego ainda comentou que os próprios agentes públicos não acreditam na escola pública, notadamente, a rede pública de Juazeiro. “A grande maioria, por exemplo, tem filhos na escola particular e, diga-se de passagem, na rede particular de Petrolina descapitalizando ainda mais Juazeiro e fortalecendo a economia de Petrolina. Sou educador, vivo disso, mas no dia em que estiver bom, os filhos dos prefeitos, vereadores e secretários estarão na Escola Pública”, concluiu Sérgio Rego.
O professor Régis foi outro que contestou o reajuste anunciado. “Esse pacote é furado. Isso é apenas um repasse do piso do Fundeb, não se trata de reajuste concedido pelo governo municipal, é na verdade um direito do trabalhador. E o professor Antonio Carlos achou ruim porque eu disse que era um pacote furado, cujo aumento de R$ 9,00 dá para comprar uns três quilos de açúcar que é o que o professor gosta. E mais, eu não sou aliado, aliado é o diretor da APLB como disse o líder do prefeito da tribuna”.
Procurado pela reportagem, o presidente da APLB, Antonio Carlos dos Santos, comungou com o pensamento do professor Sérgio Rego de que ainda falta muito para a categoria considerar essencial. “No entanto, queremos ressaltar que nos últimos três anos nós avançamos muito, é tanto que conseguimos um reajuste de 40,15%, diferente dos gestores anteriores. No governo Joseph nós conseguimos 28% de reajuste e na gestão de Misael Aguilar, que foi a pior dos últimos anos, apenas 3%. Não é que tenhamos que ser gratos, porque estamos apenas almejando o que nosso de direito, mas também não podemos fechar os olhos para um governo que negocia e estabelece um aumento como este, que eles estão alegando que é de apenas 3%. É de 3% na primeira faixa e são ao todo, oito faixas de aumento, além de um abono de R$ 1.150 reais. Infelizmente ainda temos colegas que pensam no quanto pior melhor, mas eu sei o que é isso, são as eleições da APLB no próximo ano. Nós estamos atentos e não vamos entrar mais nesse jogo, a APLB hoje é respeitada nacionalmente e até no exterior por conta da sua postura e da estrutura que oferece hoje ao seu filiado”, concluiu Antonio Carlos.

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