Segundo o golpista, Federico Franco, a
medida seria necessária para estimular a produção industrial paraguaia. E
ressaltou que o anúncio está ligado à decisão dos governos brasileiro,
argentino e uruguaio de suspender o Paraguai do Mercosul.
O Paraguai é sócio do Brasil em Itaipu,
uma das centrais hídricas mais potentes do mundo; e da Argentina em
Yacyretá, mas fornece a maior parte da produção de energia de ambas
empresas a seus vizinhos por preços considerados menores em relação aos
praticados no "mercado", conforme estabelecido em acordos bilaterais.
O escroque afilhado do imperialismo
norte-americano que hoje comanda o Paraguai precisa de legitimidade
internacional, como demonstrou entrevista do secretário-geral do PC
Paraguaio ao Portal do PCB na última semana, para levar adiante seus
planos internos e elevar a repressão no país vizinho.
Também faz chantagem com os governos
DIlma e Cristina Kirchner - e estaremos atentos para que tal chantagem
não leve Brasil e Argentina a caírem na cilada e reconhecerem seu
governo ilegítimo. Seria uma capitulação frente ao povo paraguaio, que
estaria ainda mais abandonado à própria sorte.
Franco é ainda um mentirosos deslavado.
Quer a energia de Itaipú e Yacyretá para levar adiante a proposta da Rio
Tinto de criar no Paraguai uma planta industrial para produção de
lâminas de alumínio, com alta demanda de energia e criação de apenas 2
mil empregos. Sua alegação de fortalecimento da indústria paraguaia é
mais falsa que a idéia de que Duque de Caxias, patrono do Exército
brasileiro e assassino deslavado do povo paraguaio, é um "pacificador".
Por fim, cabe o registro: o Paraguai
merece sim renegociar o preço da energia que repassa ao Brasil e
Argentina. Mas a medida tem que ser feita por um governo legítimo, e em
benefício do povo paraguaio. Não como exercício de chantagem pelo
reconhecimento de um governo golpista. Muito menos para atender aos
interesses de uma única empresa - a Rio Tinto.
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