Imprensa desqualifica o Congresso para engessar o desenvolvimento do Brasil e imobilizar o Governo
Por Davis Sena Filho — Blog Palavra Livre
Todo
 mundo sabe, até um recém-nascido, que a imprensa de negócios privados e
 ideologicamente de direita combate o desenvolvimento do povo 
brasileiro, porque não quer a sua emancipação e, consequentemente, sua 
autonomia, bem como a autodeterminação do Brasil e de qualquer país cujo
 governante questione a ordem estabelecida pelos grandes trustes 
internacionais.
Isto
 acontece porque no Brasil, ao contrário do que acontece nos países 
considerados desenvolvidos e em países a exemplo de Argentina, Venezuela
 e Equador, o monopólio no setor econômico de comunicação dominado pela 
oligarquia midiática composta por apenas seis famílias, que tratam o 
povo brasileiro como inapto e incompetente, além de considerarem o 
Brasil de 200 milhões de habitantes e dono de um PIB que ultrapassa os 
R$ 4 trilhões como se fosse o quintal da casa delas.
As
 estratégias calculistas dos órgãos de comunicação comerciais e privados
 de desvalorizar e desqualificar os políticos e as instituições 
nacionais são sistematicamente e incansavelmente difundidas e 
repercutidas junto à população. O propósito desse processo perverso é o 
de subverter a ordem institucional e enfraquecer o papel do cidadão 
eleito pelo povo e nomeado para exercer a autoridade que lhe é conferida
 e por isso constitucional. A imprensa burguesa quer intervir nas 
instituições republicanas e, por conseguinte, pautar a vida política e 
jurídica do País e dessa forma ter seus interesses políticos e 
ideológicos atendidos, bem como seus negócios financeiros concretizados.
Sei
 que muita gente não concorda comigo por questões meramente ideológicas e
 até mesmo pessoais quando sou ofendido por leitores que criticam até 
mesmo meu aspecto físico, o que é uma bobagem e insensatez, porque o que
 está a ser discutido é o que queremos para o Brasil e o que não 
queremos. Contudo, volto a dizer: a imprensa de negócios privados e 
cartelizada não tem e nunca terá compromisso com o Brasil, porque se 
trata de um setor alienígena, ou seja, sem pátria e mancomunado com o 
establishment, que no decorrer dos séculos efetivou um processo de 
desconstrução das identidades nacionais, baixou a estima dos povos menos
 desenvolvidos, financiou a repressão aos movimentos de libertação e até
 mesmo reivindicatórios, além de quando necessário invadir militarmente 
os países cujos governantes não compartilharam de sua cartilha, 
geralmente de conteúdo econômico e ideológico.
E
 a imprensa oligopolizada, de forma recorrente e por isso 
inquestionável, sempre serviu como porta-voz das classes dominantes e 
dos grupos capitalistas hegemônicos, que financiam e definem as receitas
 econômicas de espoliação impostas pelo FMI e o Bird, e, 
indubitavelmente, se necessário, a guerra. Simplesmente a guerra, modus 
operandi de países como a Inglaterra, os EUA e a França, que, em vez de 
respeitarem as leis internacionais, preferem jogar na sarjeta o respeito
 ao diálogo e às decisões da ONU e optar pela diplomacia do porrete, a 
fim de rapidamente terem seus interesses geopolíticos e econômicos 
inapelavelmente concretizados.
Esses
 fatos e realidades acontecem também em âmbito doméstico — nacional. E 
foi exatamente dessa forma que a imprensa alienígena deste País se 
conduziu. Os barões dessa mídia historicamente golpista tentaram 
desqualificar e judicializar o processo eleitoral do Congresso Nacional,
 a dar sempre uma conotação de ilegalidade, a fazer ilações maldosas e 
corrosivas aos candidatos às presidências do Senado e da Câmara.
Chegou-se
 a um ponto de incongruência e desfaçatez dessa péssima imprensa que eu 
pensei que o senador Renan Calheiros e o deputado Henrique Alves em vez 
de assumirem seus respectivos cargos, pois eleitos pela grande maioria 
de seus pares, fossem imediatamente para a prisão, já que a os barões da
 imprensa e seus sabujos que ficam a falar por eles e pelos cotovelos 
eram contrários às candidaturas dos dois políticos integrantes do PMDB e
 por causa disso aliados do Governo e do PT em termos nacionais.
A
 imprensa das seis famílias formadoras de cartel e que combatem a 
autodeterminação do Brasil e a democratização dos meios de comunicação 
por intermédio da efetivação de um marco regulatório para as mídias faz 
oposição ao Governo Federal no lugar dos partidos políticos 
oposicionistas como, por exemplo, o PSDB — o partido que vendeu o Brasil
 e ninguém foi preso. Os barões da imprensa, para quem não sabe, 
apoiaram e foram cúmplices da ditadura mais cruel e longa que aconteceu 
neste País: a ditadura militar (1964-1985) e hoje posam de democratas e 
paladinos da liberdade de expressão e de imprensa. Seria cômico se não 
fosse trágico.
A
 verdade é que esses grupos lutam pela preservação da liberdade de 
expressão e de imprimir deles, o que não tem nada a ver com a democracia
 e com o estado democrático de direito. E tem mais: sem dar direito de 
resposta e sem se preocupar com o contraditório, ou seja, ouvir os lados
 envolvidos em qualquer causa, acontecimento ou incidente. Essa gente 
gosta de bater, mas não quer ser criticada e questionada. Derrotamos a 
ditadura militar e vivenciamos a ditadura da imprensa.
Os
 barões midiáticos e seus bate-paus podem enganar setores da sociedade 
brasileira por algum tempo e até mesmo por um longo tempo, mas não podem
 enganar e distorcer a realidade para sempre. A imprensa privada 
desqualifica as eleições do Congresso para engessar as ações de 
desenvolvimento para o Brasil e o seu povo, além de ter por objetivo 
maior imobilizar o Governo. É isso aí.


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