SEMANA SANTA Tradição dos Penitentes marca encerramento da Quaresma em Juazeiro Com o final do Quaresma encerra-se também mais um ciclo de procissões da tradicional manifestação dos Penitentes e Juazeiro. Nesta Sexta-Feira Santa (29), os cordões formados por idosos, adultos e crianças, todos cobertos por lençóis brancos, se encontrarão no Cemitério central para cumprimento do ritual com cordões de São Francisco à cintura. Com velas ou incensários a mão, os penitentes oram a favor das almas, particularmente das pessoas vítimas de morte violenta ou súbita. A tradição, que sempre começa no início da Quaresma, acontece durante a noite e percorre as ruas da cidade, há cerca de 113 anos. A tradição dos Penitentes se divide em dois grupos – as “alimentadeiras de almas” e os “disciplinadores”. Os primeiros compõem os cordões que caminham pelas ruas de Juazeiro. À frente do cortejo segue o guia, conhecido como madeiro, carregando uma cruz. Partem da Casa-de Orações, e iniciam a caminhada penitencial fazendo sete paradas, denominadas de Estações – sete ao todo. Em cada um desses locais, a história local registra uma morte violenta. Já os “disciplinadores” se destacam pela prática da autoflagelação, que realizam em locais afastados, longe dos olhares das pessoas, utilizando de lâminas fixadas na ponta de chicotes. A origem é incerta, mas pode ter suas raízes mais longínquas no movimento flagelante, grupo místico cristão que existiu durante os séculos XIII e XIV, na Europa e cujos membros defendiam que a prática da flagelação lhes permitiria expiar os seus pecados, de maneira a serem aceites no reino dos céus.
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| Imagens: Exclusivas:Inédita:A VOZ DA CAATINGA |
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