A APLB-Sindicato Representante dos
Trabalhadores em Educação realizou nesta sexta-feira, 18/10, pela manhã,
paralisação de advertência, em protesto pelo descaso com que o Governo
Municipal vem tratando os profissionais da Educação. Já foram muitas as
tentativas de negociação, mas o prefeito e seu modo autoritário de
governar, desrespeita tudo e a todos, como quem acha importante a
ilegalidade e o massacre à pessoa humana.
Foram assinados três Termos de
Ajustamento de Condutas, elaborados em reuniões entre o Ministério
Público, o Prefeito Municipal, os Procuradores do Município, a
Secretária de Educação, o responsável pelo Departamento de Recursos
Humanos e a APLB-Sindicato. Mas o gestor insiste em desrespeitar os
pontos acordados e assinados por ele mesmo no referido documento.
O gestor não paga o percentual de
deslocamento dos professores previsto por lei há dois meses; evita fazer
a Reformulação do Plano de Carreira para adequar o município à
realidade prevista por leis Federal e Municipal; não pagou o Rateio da
categoria nos anos de 2012 e 2013 e comete outras irregularidades.
No início da luta com a criação do
sindicato foram muitas ações para alcançarmos importantes conquistas,
hoje, estamos lutado para recuperar as conquistas que perdemos, evitar
novas percas, mesmo sabendo que ainda temos muito a conquistar para a
carreira profissional.
A estrutura da educação do município é
muito precária. Temos, por exemplo, uma escola no povoado de Cajuí
funcionando sem sanitário há três anos. Falta até materiais básicos para
a execução das aulas. O prefeito mora em Salvador, provavelmente, para
não conviver de perto com os problemas da educação que foram gerados e
agravados em sua gestão. Há fortes indícios de desvios do dinheiro do
FUNDEB (como é o caso do rateio de 2012 e 2013) e outras verbas
federais, a exemplos da construção de duas Creches Municipais, fruto de
convênio com o Governo Federal, uma na Sede do município e a outra no
povoado de Aldeia, abandonada desde outubro de 2012.
O Sindicato tem buscado as formas
tradicionais do diálogo. Já usou a Tribuna Livre na sessão da Câmara de
Vereadores duas vezes esse ano, antes da paralisação. Ficou como
sugestão o uso de medidas mais duras a serem avaliadas e encaminhadas
pela categoria que está desafiada a intensificar a luta à continuar
submetida a derrotas sociais e piora das suas condições de vida.
Inclusive a categoria sinaliza uma paralisação (greve) por tempo
indeterminado, caso o gestor não cumpra com as reivindicações dos
servidores.
O movimento contou ainda com o apoio do
SINSERBS (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Sento-Sé), dos
vereadores Julliano/PT e Denis/PDT, de militantes das lutas sociais e
outras representações da sociedade civil.
Antonio José Muniz da Silva
Coordenador Sindical da APLB-Sindicato
Nucleo de Sento-Sé
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sábado, 19 de outubro de 2013
Dia de Luta: Professores de Sento-Sé protestam em Praça Pública
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