quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

IMAGENS FORTES PRESOS MATAM COLEGA ENFIANDO PAU NO CÚ .

  MORTO ERA CONDENADO POR ESTUPRAR 42 MULHERES

Louise Lobato
Um homem condenado por violentar sexualmente 42 mulheres morreu durante uma rebelião de presos na delegacia de Morro do Chapéu, município da Chapada Diamantina. De acordo com a titular da delegacia de Irecê, que atua como substituta na delegacia da idade, o rapaz já tinha fugido da detenção e sido recapturado há cerca de 15 dias. “Ele também era foragido das delegacias de Barreiras e Luís Eduardo Magalhães”, conta Lúcia Jansen.
A rebelião começou por volta das 13h da terça-feira (3), quando os detentos começaram a reclamar da comida. “Eles estavam bastante agitados ontem por conta da situação em Várzea Nova. Estávamos só com quatro policiais aqui, o restante estava ajudando lá. Eu acredito que eles queriam fugir, mas aqui não tem como, só pela porta da frente”, conta a delegada. “Depois de reclamarem da comida, eles atearam fogo nos colchões das celas, e conseguiram tirar as grades delas”.
A detenção conta com quatro celas, com capacidades para quatro presos em cada. Uma briga irrompeu entre os detentos, e durante a confusão, Ednaldo Souza Bispo, 27 anos, foi agredido pelos outros presos. Mais conhecido como ‘Peixe Frito’, Ednaldo foi condenado por estuprar 42 mulheres em diversos municípios baianos – caso mais recente em que ele se envolveu foi registrado na cidade de Irecê, em setembro de 2013. “Ele tinha diversos problemas com a polícia desde muito jovem”, relata Lúcia Jansen. “Primeiro ele se envolveu com as drogas, e depois passou a cometer estupros”.
Além de ser agredido e receber diversas pancadas na cabeça, Ednaldo também foi empalado com um pedaço de madeira. ‘Peixe Frito’ chegou a ser socorrido para o hospital municipal de São Vicente, e posteriormente transferido de ambulância para o Hospital Regional de Irecê. No entanto, Ednaldo não resistiu aos ferimentos e morreu na manhã desta quarta-feira (04). O corpo dele foi encaminhado para o Departamento de Polícia Técnica (DPT) da região.
Ainda conforme a polícia, a causa de morte do detento ainda não foi identificada, mas a suspeita é de que ele tenha tido um afundamento do crânio em decorrência da violência dos golpes recebidos. A rebelião só foi controlado horas depois. “Ficamos com medo de perder o controle da situação e pedimos o apoio da Polícia Militar. Ainda levou um tempinho até conseguirmos contê-los; e quando conseguimos, eles já estavam tentando abrir o último cadeado da detenção, que dá acesso a parte interna da delegacia”, conta a delegada Lúcia Jansen.

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