domingo, 1 de dezembro de 2013

PEDRO CHINA SEMPRE VIVO AOS 90 ANOS FIGURA FOLCLÓRICA DE JUAZEIRO DA BAHIA!

PEDRO CHINA, UM BOÊMIO EM POTENCIAL
Pedro de Araujo Cordeiro- Pedro China- é um autêntico emblema de Juazeiro da Bahia, berço da cultura baiana. Suas histórias, sua vida, seu violão, suas poesias, traduzem bem a trajetória deste petrolinense, que desde a década de 30 chegou a Juazeiro.
Filho de João Cordeiro - (Velho China) - e Petronilia Cordeiro, Pedro China é alegria pura, de seu violão já saiu parceria com João Gilberto na banda “Anjos do Céu”, Edésio Santos e muitos outros. Suas histórias contadas ao público já foram retradas em uma página do livro “Geração Baseada” de autoria do então Juazeirense, Luís Galvão dos novos baianos, e recentemente, ele ocupou uma página inteira do Jornal Estadão e Folha de São Paulo, como um dos únicos nomes citados por João Gilberto na cidade de Juazeiro que acompanhou o início de sua carreira. João Gilberto o chama carinhosamente de Pedrinho. Seu sobrinho e herdeiro direto da sua veia artística - Mauriçola o considera um patrimônio vivo da cultura popular de Juazeiro.
Pedro China é pai de três filhos notáveis: Pedro de Araújo Cordeiro, renomado advogado em Juazeiro, Charles Viana Cordeiro, administrador de empresas, e Shirley Viana Cordeiro, professora de direito na FACAPE.
Pedro China traz na sua mente a obra completa de Castro Alves, amante da poesia, e no alto de seus 81 anos, recita com a firmeza de um jovem qualquer poesias do poeta baiano. De espírito e riso alegre e uma presença física espetacular sempre gostou de carnaval. Vive sempre a vida a seu modo e nunca fez mal a ninguém.
Os bares e botequins que povoavam a cidade ele frequentou quase todos e todos os proprietários se alegravam e se alegram com sua presença e com o seu comportamento, com a sua maneira de tratar as pessoas como muita distinção.
Pedro China embeleza as ruas da cidade, bom amigo, parceiro, boêmio romântico, amante de comidas típicas e de uma cerveja bem gelada, violonista de primeira, que sempre privilegiou gerações e gerações com seu jeito alegre e vivedor. Pedro China recorda com muita emoção algumas histórias pitorescas que emolduram sua trajetória de um bom moço.
“Certa vez, na época de 1958, tínhamos um grupo de serestas com os músicos: Euclides e Dr. Revou, e nas noites/madrugadas insones, escolhíamos as pessoas aí então, 'mandava ver'. Eram escolhidas as músicas mais lindas e apaixonadas mas, que nem sempre agradavam aos ouvidos das privilegiadas, que nos premiavam ás vezes com baldes de água e outros líquidos indesejáveis. Estas nossas andanças sempre terminavam na Boate Esperança, refúgio dos intelectuais, músicos, etc. Era momentos mágicos que vivíamos, hoje muita recordação e saudade”.
Por: Valterlino Pimentel (Pinguim)

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