Está cada vez mais delicada a situação do Hospital Universitário de Petrolina(HU). Fracassou na semana passada a tentativa de assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), intermediado pelo Ministério Público do Trabalho visando a melhoria dos serviços oferecidos pelo hospital.
A reunião para a assinatura do TAC, aconteceu na semana passada, envolvendo a Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), proprietária do Hospital Universitário, o Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH), que administra a unidade e o Sindicato dos Médicos de Pernambuco (SIMEPE).
O principal motivo para a falta de acordo, foi a ausência de um representante do Ministério da Saúde na reunião, a quem cabe a decisão sobre o aumento ou não de recursos para melhoria dos serviços, que parece ser a raiz de todos os problemas do hospital. Sem um acordo para a questão da unidade e para evitar um colapso nos serviços, a solução mais viável pode vir no âmbito da justiça. O Ministério Público do Trabalho e o Ministério Público Federal devem entrar com uma ação civil pública contra a Univasf e a Isgh.
O secretário de administração da Univasf, Leone Bagagi, diz que na reunião foi proposta a criação de um grupo de estudos para debater alternativas visando resolver os problemas do hospital. A proposta não foi aceita pelo sindicato. Mas ele garantiu que pelo menos os salários atrasados já foram pagos. “ a partir deste ano acreditamos que vai ser regularizada a questão do repasse do Ministério da Saúde para a Univasf e, consequentemente, para o ISGH”, declarou.
O Hospital Universitário, único especializado em atendimento de urgências e traumas num raio de 300 km, vem enfrentando sérios problemas de funcionamento: superlotação, falta de pessoal, de leitos, atraso no pagamento de funcionários e fornecedores. Depois de três ameaças de greve, os médicos do hospital ameaçaram na semana passada fazer um pedido de demissão coletiva.
O diretor regional do Sindicato dos Médicos, Jose Alberto Vieira Rosa, revelou que hoje o futuro do hospital é incerto, e por isso, alguns profissionais já pediram demissão voluntariamente. “nós estamos em estado permanente isso significa que a qualquer momento podemos convocar uma assembleia para deliberar alguma coisa. Como as pessoas físicas estão com os salários em dia o serviço de atendimento está garantido temporariamente, mas ninguém sabe até quando. há um clima de incerteza no ar”, disse.
Por Rinaldo Lima/BlogQSP
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