Clas Comunicação & Marketing

Uma nova etapa começa para os produtores de manga e de uva de mesa que fazem parte do Conselho da União das Associações e Cooperativas de Produtores de Uvas Finas de Mesa e Mangas do Vale do Submédio São Francisco – UNIVALE.
Depois de receber, em julho de 2010, do Instituto Nacional da Propriedade Industrial – INPI, o registro da Indicação Geográfica (IG) da Uva e da Manga do Vale do São Francisco, a luta agora da UNIVALE é efetivar a conquista consolidando os processos técnico-científicos deste selo de qualidade, que atesta a origem e a qualidade dos produtos e representa um grande potencial atrativo de comercialização em todo mundo, além de criar uma identidade própria, valorizar as propriedades rurais, aumentar o fluxo turístico, gerar postos de trabalho e a conquista de novos mercados.
O selo de Indicação Geográfica é um mecanismo de propriedade intelectual, equivalente a uma marca, uma patente reconhecida internacionalmente. A certificação evita que frutas produzidas em outros lugares utilizem o nome do Vale do São Francisco, protegendo desta forma, os frutos produzidos na região.
Para o atendimento dos padrões de qualidade da primeira Indicação Geográfica (IG) de frutas in natura do país e a primeira envolvendo dois estados, a UNIVALE vem mobilizando os produtores com relação a alguns detalhes, a exemplo da rastreabilidade alimentar. De acordo com o vice presidente, Arthur de Souza, o consumidor tem o direito de conhecer a qualidade, as características de produção e a procedência do que está consumindo.
“Estamos em constante contato com agricultores e empresas filiadas para que o selo de procedência tenha realmente uma identidade comum, tanto na produção, com uso intensivo de tecnologia, quanto na comercialização de frutas devidamente caracterizadas e padronizadas com o selo de IG do Vale do São Francisco”.
Arthur de Souza também lembrou que ficou aprovado, junto aos produtores, a exigência de parâmetros de qualidade, a exemplo da certificação de Produção Integrada de Frutas (PIF), que segue normas técnicas criadas pelo Ministério da Agricultura ou a certificação Global Gap e Tesco.
“Após uma luta de quase uma década, no qual Sebrae, Faepe, Embrapa, Codevasf, produtores, entre outros parceiros, se uniram para conseguir o selo de IG, vamos continuar a postos para que os direitos conquistados possam trazer os benefícios mercadológicos e promocionais tão necessários à identidade e ao desenvolvimento do nosso Vale”, garantiu o vice presidente da UNIVALE.
Considerado o maior polo de fruticultura irrigado do Brasil, com cerca de 23.300 hectares irrigados de mangas e aproximadamente 12.100 hectares de uvas finas, o Vale do Submédio São Francisco produz anualmente um milhão de toneladas destas frutas, respondendo por 95% das exportações nacionais de manga e 99% das exportações de uva de mesa.
No Brasil, apenas outros cinco produtos possuem o selo de procedência (IG): o vinho do Vale dos Vinhedos (RS) o couro acabado do Vale dos Sinos e a carne do Pampa Gaúcho Campanha Meridional, no Rio Grande do Sul; o café do Cerrado de Minas Gerais e a cachaça de Paraty, no Rio de Janeiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário