sexta-feira, 6 de junho de 2014

Comandante da Marinha em Juazeiro,Bahia: Sabatinados pelos vereadores e a população, os oficiais vivenciaram momentos de saia justa na cidade de Sento-Sé/Ba..

NAUFRÁGIO EM SENTO-SÉ: OFICIAIS DA MARINHA SÃO OUVIDOS PELA CÂMARA MUNICIPAL

Ascom Câmara de Sento-Sé
Atendendo convocação da Mesa Diretora da Câmara de Vereadores de Sento-Sé o comando do Segundo Distrito Naval, com sede em Salvador, designou dois oficiais de carreira da Marinha para prestarem esclarecimentos sobre o naufrágio ocorrido no dia 29/04, no rio São Francisco, próximo à cidade de Sento-Sé, onde seis pessoas morreram, sendo que três corpos continuam submersos, presos na embarcação no fundo do rio.
Depois de falarem sobre a metodologia de trabalho aplicada para tentar salvar vidas humanas, os capitães Claudio Luiz e Flávio Almeida, esclareceram que a embarcação passou por uma reforma estrutural em 2012, e que o registro junto a Capitania dos Portos estava regular. Disseram também que o inquérito que vai apontar as causas do acidente será concluído no prazo de noventa dias, e que nada poderia ser adiantado no momento para não prejudicar o trabalho.
Sabatinados pelos vereadores e a população, os oficiais vivenciaram momentos de saia justa. O vereador Rudival Caetano foi taxativo ao afirmar que os rios, os mares e as hidrovias são de responsabilidade da União, cabendo a Marinha controlar o tráfego e suas consequências. O parlamentar explicou que os custos para reflutuar a embarcação obedecendo às exigências legais, ultrapassam a cifra dos R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais), e que na região não existem empresas habilitadas para tal serviço. Justificou que o município não dispõe de orçamento pré-aprovado para tal finalidade, nem amparo legal para fazer a prestação de contas dos gastos.
Familiares das vítimas e comunitários declararam não entender a impotência da Marinha, que não consegue reflutuar uma embarcação a somente 12 metros de profundidade. O padre João Borges se disse estarrecido e indignado com a situação, e considerou uma negligência. O pároco lembrou que a Marinha pode botar tanques de guerra nas ruas e navios nos pontos mais complexos dos mares, só em Sento-Sé não pode fazer nada. Desacreditados, foi assim que os oficiais deixaram a cidade, e o caso mais uma vez ficou sem solução.

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