quarta-feira, 27 de maio de 2015

Monte Santo:Bahia: Vitima do sistema mãe das crianças adotadas , Silvania Maria Mota Silva se diz arrependida de ter resgatado filhos da famílias adotivas

O CASO DAS CRIANÇAS ADOTADAS DE MONTE SANTO, VOLTA À MÍDIA


Lúcio Távora  Ag. A TARDE

Silvania afirmou estar passando por dificuldades financeiras

As crianças de Monte Santo podem retornar às famílias adotivas que residem nas cidades paulistas de Campinas e Indaiatuba. Além da decisão dos desembargadores da 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (TJ-BA), divulgada nesta terça-feira, 26, a mãe das crianças, Silvania Maria Mota Silva, revelou o desejo de devolvê-las.

O própria TJ-BA confirmou ao Portal A TARDE, por meio de nota, que não haveria resistência por parte da mãe biológica, que permitirá o retorno dos filhos a São Paulo.

Em entrevista ao SBT Bahia, Silvania afirmou que está passando por dificuldades. "Eu não posso dar o que meus filhos precisam. Se eu soubesse que meus filhos tavam na vida que tavam (sic), eu não tinha pego meus filhos pra cá não. Me arrependo, e muito. Se eu soubesse, voltava tudo atrás", disse ela.

Após apelações do Ministério Público e da advogada das quatros famílias de São Paulo, os desembargadores decidiram, por unanimidade, pela anulação da sentença que havia determinado a devolução das crianças de Monte Santo à família biológica.

De acordo com o TJ-BA, devido à anulação da sentença, as famílias de Campinas e Indaiatuba poderão entrar com novo pedido de adoção. 

Relembre o caso

As crianças foram adotadas em 2011, quando o juiz Vitor Manoel Xavier Bizerra baseou-se em documentos apresentados pelo Conselho Tutelar de Monte Santo, dando conta de violência praticada pela mãe contra as crianças.

Ao assumir a Comarca de Monte Santo, o juiz Luis Roberto Cappio revogou a decisão e determinou o retorno dos menores à Bahia, depois de quase um ano e meio de convívio com as famílias adotivas.

O caso ganhou repercussão nacional em razão da suspeita de tráfico de crianças, no entanto, nada ficou comprovado, nem mesmo na Comissão Parlamentar de Inquérito instalada no Congresso.

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