segunda-feira, 6 de junho de 2011

BISPO E FREI D. LUIZ CAPPIO DIZ QUE OBRA DE TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO É SÓ PARA DESVIAR RECURSOS PÚBLICOS PARA CAMPANHA ELEITORAL


Para o Bispo Luiz Flávio Cappio, “o grande objetivo da obra de Integração de Bacias do Rio São Francisco é a captação de recursos para o financiamento de campanha política”. O religioso refere-se as eleições do ano passado. Frei Cappio, que ficou conhecido após realizar duas greves de fome como forma de protestar contra as obras da Transposição  do São Francisco, fez tal comentário em entrevista concedida durante o 6 º Seminário da Água em Petrolina PE. O evento aconteceu ontem (5), no colégio Diocesano Dom Bosco.
De acordo com Cappio, a polêmica obra da chamada transposição do Rio São Francisco “teve seu início e não terá o seu fim. Ela nasceu para falência”, conclui o Bispo de Barra. Já o integrante da Pastoral da Terra Roberto Malvezzi, popular Gogó, também comentou sobre a paralisação das obras, mas em tom mais brando. Ele disse que os consórcios de empresas envolvidas no empreendimento se dissolveram e apenas em alguns lugares a transposição está em andamento.  Para o militante social, a obra tem ficado em segundo plano.
“O governo está com outras prioridades no momento como a Copa, Olimpíadas e outros tipos de obras, certamente no futuro eles voltam para essa. A gente quer a solução da sede pra todos os estados do nordeste, mas não é a transposição que vai resolver o problema do povo”, acredita Gogó. Os trabalhos para a união das Bacias do São Francisco estão parados desde Fevereiro, pelo menos. Recentemente o Tribunal de Contas da União afirmou ter encontrado irregularidades nos contratos do consórcio Logos Concremat, um dos responsáveis pela mega construção.      
Seminário - Para comemorar o Dia do Meio Ambiente, celebrado a cada 05 de junho, a Diocese de Petrolina, por meio da Pastoral Social, promoveu um domingo de conscientização. Reunidos no colégio Dom Bosco, cerca de 200 participantes discutiram temas relacionados  a sustentabilidade da Terra. Com o tema “ O futuro do Planeta vai depender de nós”, o evento contou com a presença de pesquisadores,  lideranças populares e empreendedores sociais que desenvolvem ações voltadas para a preservação ambiental. É o caso do pequeno agricultor familiar Raimundo Romero, morador do Projeto Maria Tereza, de Petrolina.
O produtor rural, que cultiva plantas frutíferas sem agrotóxicos, usando um composto que ele chama de “biovida”, desenvolveu um sistema de reutilização da água empregada na lavagem de roupa. Após a lavagem, o que seria jogado no ralo é destinado para um tanque posto no quintal. De lá, segue para uma caixa d´água conectada com a descarga de sua residência. Depois desse sistema, tenho economizado cerca de 15 reais por mês  na conta de água”, garante  o popular Romero que, com sua iniciativa, além de preservar o bolso, ainda contribui para a preservação  ambiental da sua propriedade.


Por Jean Brito e João Marques

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