quinta-feira, 15 de setembro de 2011

CARLÃO SAMPAIO ASSINA NOTA DOS ALUNOS DA UPE/ PETROLINA COMO EX-ALUNO SAIBA 'Por que os estudantes pararam a UPE- Petrolina?'

No dia 31/08/2011, o D.A. (Diretório Acadêmico) Antônio Conselheiro, da Universidade de Pernambuco – Campus Petrolina, convocou duas assembléias gerais com as representações estudantis (DCE, C.As) e todos os estudantes para ser discutido a situação que se encontra a UPE, que dentre as inúmeras dificuldades, a falta de professores é a mais emergencial. No mesmo dia a ADUPE (Associação dos Docentes da Universidade de Pernambuco) realizou na biblioteca da instituição uma reunião com os Professores e diretoria para tomarem uma postura diante da atitude dos estudantes. Decidiu-se em maioria que eles apoiariam a decisão dos alunos. Ao findar-se a assembléia foi decidida, paralisação de 48 horas, compreendido entre os dias 01/09 e 02/09 em protesto ao caos estabelecido.
Em um esquema de tabela simples, é mostrado um déficit de 140 disciplinas sem professor na universidade, e estes índices só não são maiores porque muitos professores se dispõem a lecionar uma matéria que não é de sua especialidade. 

CURSO
TOTAL DE
DISCIPLINAS
DISCIPLINAS COM
DOCENTES
DISCIPLINAS SEM
DOCENTES
Geografia
48
21
27
Letras Português
55
31
24
Pedagogia
52
30
22
Matemática
51
32
19
Biologia
55
39
16
História
49
36
13
Fisioterapia
28
22
06
Língua Inglesa
33
30
03
Total: 08 cursos
Total: 371 disciplinas
Total: 241 com
Docentes
Total: 140 sem
Docentes
No dia 05/09/2011 (segunda-feira) realizou-se nova assembléia que decidiu estender a paralisação durante toda a semana, estabelecendo um calendário de manifestações até a sexta-feira dia 09/09/2011.
Terça-feira (06/09):Mobilização no centro da cidade até a ponte Presidente Dutra. Todo o percurso durou cerca de 01:30 min.
Quarta-feira (07/09): Durante o tradicional desfile do Sete de Setembro os estudantes e representações estudantis estiveram protestando durante o 17º grito dos excluídos.
Quinta-feira (08/09): Na Praça Maria Auxiliadora no centro da cidade, durante o período da manhã, foi realizada panfletagem à população; exibição de faixas; e aos motoristas que transitavam na avenida foi pedida autorizações para inserir frases de protesto no vidro traseiro dos carros.
Sexta-feira (09/09): Na Av. São Francisco, bairro Areia Branca, pelo turno da noite, foi feito uma passeata com auxilio de um carro de som, panfletagem e mensagens no vidro dos carros. 
Neste mesmo 05/09, às 14 horas houve uma reunião em Recife, na qual se faziam presentes; o presidente do D.A, C.A. de historia de Petrolina, alguns professores, ADUPE, e Reitoria. Em resposta, o reitor se comprometeu em providenciar outra seleção simplificada; a chamada imediata dos professores aprovados na seleção anterior (que geralmente demora meses); e em não haver mais professor convidado próximo semestre (2012.1). Porém essa atitude não resolve o problema, pois das 27 vagas oferecidas na seleção simplificada anterior, apenas 12 foram preenchidas. Visivelmente este tipo de seleção não resolverá o problema, mas somente a garantia de agendamento para concurso público que é responsabilidade do governo do estado. 
A falta de professores não é o único problema, pois a infraestrutura é preocupante. Sobre a falta de laboratórios para o curso de Nutrição, a direção responde que “Já há licitações para compra do material para os laboratórios”, no entanto não há laboratórios disponíveis, nem ao menos salas para alocar os materiais. 
A biblioteca da unidade funciona no prédio que pela manhã funciona a Escola de Aplicação. Faz-se necessário uma biblioteca própria, com acervo atualizado e computadores disponíveis, pois só há cinco funcionando para toda a faculdade e pela manhã também serve para Escola de Aplicação. Além das carteirinhas de cadastro da biblioteca que ainda são feitas com máquina de datilografar. Cobertura de internet sem fio em toda faculdade também é uma das reivindicações. 
A UPE Campus III – Petrolina, não tem ônibus universitário nem restaurante universitário. Esses itens para unidade fazem-se necessário, pois muitos estudantes não têm auxilio permanência para continuar seu curso e as ações de bolsa permanência é outro item que não pode deixar de ser considerado. Em um universo de cerca de 16.000 estudantes, as bolsas NAE (núcleo de apoio ao estudante) só ofertam 166 bolsas (Edital NAE2011). 
A Universidade tem defendido muito sua interiorização, porém muitos alunos que não residem em Petrolina, principalmente, se matem na cidade com muito sacrifício. Residência Universitária também deve ser discutida, pois é a realidade vivida aos que aqui estudam e há necessidade de um local para morar cedido pela UPE. 
O DCE está atualmente colocando no circuito nacional o nosso movimento e moções já estão chegando com mensagens de apoio como do DCE da UFRN do Rio Grande do Norte e da UFGD do Mato Grosso do Sul. 
Pautade reivindicações
  • Garantia do agendamento de concurso para professores efetivos; 
  • Construção de laboratórios para os cursos de licenciatura e saúde; 
  • Construção de uma biblioteca própria para UPE campus Petrolina; 
  • Atualização do acervo bibliográfico; 
  • Internet sem fio para todo a UPE Campus III e mais computadores disponíveis aos estudantes; 
  • Aquisição do ônibus universitário para unidade; 
  • Construção do Restaurante universitário para Petrolina; 
  • Expansão do número de bolsas permanência na UPE; 
  • Aquisição de Residências Universitárias. 
Esta carta é assinada por Centros Acadêmicos (C.As); O Diretório Acadêmico (D.A) e o Diretório Central dos Estudantes Profº Paulo Freire (D.C.E) da UPE. E EX- ALUNO CARLÃO SAMPAIO

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