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Os sindicalistas que a burguesia adora
Esta edição especial do Olhar Comunista comenta a participação da CUT (sindicalistas ligados ao PT) e da CTB (sindicalistas ligados ao PCdoB), além de CGTB, Força Sindical, NCST e UGT em ato promovido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) na última quarta-feira.
Um dia após o governo federal ter anunciado um pacote de "estímulo à economia", as centrais sindicais CUT e CTB reuniram manifestantes em São Paulo para engrossar o coro da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), cujo presidente, Paulo Skaf, afirmou: “Nós temos enfrentado uma avalanche de [produtos] importados porque o Brasil não tem competitividade”.
Na contramão de sua prática dos últimos 9 anos, as duas correntes sindicais resolveram criticar o governo - só que com um viés de direita e aliados ao patronato. A manifestação, aliás, recebeu o pomposo nome de "Grito de Alerta em Defesa da Produção Nacional e do Emprego" mas reivindicou aquilo que todo patrão adora: medidas do governo que cortem impostos.
A maioria dos manifestantes, queremos crer, foram inocentes úteis de lideranças sindicais carcomidas que permitiram, devido às ruas cheias, que Skaf desse declarações sobre "nossos custos são altos". Além da Fiesp, aliás, participaram as associações patronais Abine, Abimaq, Abiquim, Abipeças, Sicetel, Iabr, Fiemg, Abifa e Abiplast.
Por outro lado, não há óleo de peroba que dê conta para os pelegos. Vejam só a declaração doo presidente da CUT, Adi dos Santos Lima: “Nossa luta é pela proteção do emprego e pela valorização do produto nacional. Nesse momento, é importante a união das várias entidades preocupadas em mudar este quadro”.
Em aliança com o capital, companheiro? Aliás, esta parece falar mais alto que os compromissos de gabinete das hostes petistas e pecedobistas...
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