
“Se ele (o prefeito) for homem de palavra, ele vai vetar e orientar a sua base a fazer o mesmo”, diz representante do grupo.
Na manhã desta quinta-feira (21), os
vereadores da Casa Plínio Amorim aprovaram o Projeto de Lei que concede o
reajuste nos salários do prefeito Julio Lossio (PMDB), o vice Guilherme
Coelho (PSDB) e dos secretários municipais.
De acordo com o projeto, o salário do
prefeito sai de R$ 12.000,00 (doze mil reais) para R$17.500,00
(dezessete mil e quinhentos reais). O vice-prefeito que ganhava
R$9.000,00 (nove mil reais) passa para R$14.000,00 (quatorze mil reais).
Já os secretários que recebiam cerca de R$6.000,00 (seis mil reais)
passam para R$11.000,00 (onze mil reais), quase o dobro do valor.
Os novos valores de salários foram
aprovados por 13 vereadores. Votaram contra o projeto os vereadores
Zenildo Nunes (PSB) e Manoel da Acosap (PHN). Já os vereadores Ronaldo
Souza (PSL) e Maria Elena (PSB) preferiram abster de votar.
Durante a sessão, integrantes do grupo
“Sou contra o aumento”, que surgiu no ano passado protestando contra o
aumento dos salários dos vereadores, voltaram a manifestar-se. Na hora
da votação, o grupo apresentou uma faixa com a frase “Super Salário
Não!”.
De acordo com um dos integrantes do
movimento, Gildivan Coelho, o grupo ficou surpreso com o reajuste, que,
segundo ele, beira aos 85%. “Nada mais coerente que o nosso grupo esteja
aqui se manifestando contra o aumento, também, no nível do executivo”,
destaca.
Gildivan ressaltou, ainda, um trecho do
texto enviado pelo prefeito quando vetou o aumento nos salários dos
vereadores e aproveitou para desafia-lo. “Ele dizia que não era coerente
que os vereadores fizessem um reajuste desses de 100%. Então, se ele
for homem de palavra ele vai vetar e orientar a sua base a fazer o
mesmo, rejeitar, e solicitar outro projeto com índices mais razoáveis,
por que, se ele mesmo diz que não é coerente para vereador, não é
coerente também para prefeito, vice e secretários.”
Encerrando seu discurso, ele ressaltou, mais uma vez, “o aumento é legal, mas é imoral!”.
Por Clêilma Souza/ FSF
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