quinta-feira, 14 de maio de 2015

HOSPITAL REGIONAL DE JUAZEIRO/BAHIA PODE FECHAR AS PORTAS E EM INAUGURAÇÃO DAS PINTURAS DAS PAREDES O DEPUTADO ESTADUAL ROBERTO CARLOS PEDIU A DEUS PARA FICAR DOENTE E SE INTERNAR NESSE MALDITO SERVIÇOS DE SAÚDE

A unidade recebe 8 mil internações anuais, e atende 57 cidades da região do médio S. Francisco 



É crítica a situação do Hospital Regional de Juazeiro que, neste momento, corre risco iminente de suspensão dos serviços por não receber as verbas da Sesab destinadas ao seu funcionamento. O alerta foi feito frente ao Ministério Público Federal, em Petrolina, no último dia 7 de maio, quando o Sindimed lá esteve, atendendo a solicitação dos médicos do hospital, que estão em assembleia permanente, e se encontram apreensivos com a desassistência à população de toda a região da divisa entre Bahia e Pernambuco.

Após tomar conhecimento do quadro dramático do hospital, o Sindimed propôs a realização de audiência conjunta no dia 15 de maio, lá mesmo em Petrolina, com a participação adicional dos Ministérios Públicos do Trabalho e do Estado, do governo e da Sesab. O presidente do Sindicato, Francisco Magalhães disse que a Sesab precisa assumir sua responsabilidade para tirar o hospital da crise.

A gestão do hospital é terceirizada para o Imip – Instituto Materno Infantil de Pernambuco, que vem reclamando o reequilíbrio econômico-financeiro do contrato, desde 2012. Segundo o advogado do Imip, Leonardo Ataíde, em junho de 2014 o estado antecipou R$ 800 mil para o Instituto, mas desde fevereiro a verba não é mais repassada. Ele afirma que não há mais como fazer frente ao custo mensal do Hospital que é de R$ 4.200.000,00.

Demissões

Diante dos fatos, o Imip denunciou o contrato, e pediu a antecipação do seu término, que teria vigência até 30 de junho deste ano, mas será encerrado no próximo dia 30 de maio. Por conta disso, todos os profissionais da saúde - aproximadamente 800 funcionários -. já se encontram em aviso-prévio desde 29 de abril. Os anestesistas, contratados como PJ, estão há três meses sem receber e suspenderam o trabalho. Também os atendimentos ambulatoriais estão suspensos. Cirurgias eletivas não são realizadas desde novembro, e até a alimentação é precária no hospital.

A apreensão é grande entre os empregados do hospital, porque o gestor terceirizado anunciou também que não tem lastro financeiro para arcar com as verbas rescisórias. E mais, o Imip declarou, diante do procurador Leonardo Martinelli, que não sabe quem se responsabilizará pela gestão a partir do dia 1º de junho.

O Hospital conta com 134 leitos, sendo 20 de UTIs. São 8.000 internações anuais e cerca de 420.000 procedimentos ou atendimentos. Cobre 57 cidades da região do médio S. Francisco, inclusive 27 de Pernambuco. É o único a oferecer atendimento oncológico. 70 médicos trabalham no hospital.

Da reunião no MPF participaram ainda o delegado do Sindimed na região, José Carlos Tanuri e as advogadas do Sindicato, Ana Augusta Soares e Cláudia Bezerra.


Fonte: Francisco Magalhães, presidente do Sindimed: (71) 9918-1538 

Assessoria de Comunicação
Sindicato dos Médicos da Bahia
(71) 3555-2562

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