sexta-feira, 5 de junho de 2015

FARC-EP: 51 anos de luta pela paz

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27 de maio de 2015

 e a esse propósito dedicamos a parte mais importante de nossos esforços.”
Nossa luta armada de mais de meio século na Colômbia foi a expressão particular de uma luta econômica, ideológica e política universal, que enfrenta os poderes do capital, o latifúndio e a violência, contra as aspirações dos povos, dos trabalhadores e da paz. para o exercício da atividade política opositora. Porque pronunciar-se contra a injustiça do sistema capitalista e a exclusão política vigente transformou-se em crime, porque a prisão e o caixão se fizeram destino seguro para aqueles que se negaram a seguir a voz dos partidos tradicionais da oligarquia ajoelhada ante o governo de Washington.
dessa grande fraternidade fariana que nos permitem fazer frente, sem nos intimidarmos jamais, à mais intensa arremetida ideológica, política e militar empreendida pelo imperialismo, a oligarquiaNós, as FARC-EP, somos um partido político em armas, o somos desde o dia de nosso nascimento.Programa Agrário dos GuerrilheirosDurante mais de cinco décadas, damos a conhecer a infinidade de documentos que refletem nossos projetos para a Colômbia, sempre odiados pelos donos do poder, distorcidos e manipulados pelos grandes meios de comunicação, perseguidos por todos os aparatos de morte e terror. No longo caminho empreendido para a materialização da paz, cada vez que Assim, o fizemos com a plataforma política que serviu de lançamento ao movimento político União Patriótica, assim como nas múltiplas Audiências Públicas celebradas no Caguán. Da mesma maneira, agimos hoje com as propostas mínimas sobre cada um dos pontos da agenda de Havana.
Sempre acreditamos que a tomada do poder é impensável sem a participação ativa e decisiva das massas populares organizadasIsso explica o derramamento de sangue ininterrupto de nossa pátriaNunca deixamos de relacionar a ideia da paz com as de democracia e justiça social. Porque a pobreza e as carências, as iniquidades próprias da desigualdade social e os privilégios políticos são a principal fonte de inconformidade e protesto contra um regime. Os povos, as classes desfavorecidas reclamam por seus direitos quando os mesmos são negados ou violados, organizam-se politicamente na oposição quando são concedidas as garantias para fazê-lo. Porém, se são impedidos de se organizar como oposição, sendo perseguidos, encarcerados e assassinados por apresentarem sua inconformidade, , na causa principal do levante armado e da guerra.
O que reclamam os ecos de nossos fuzis é o direito à vida de todos os colombianos que não acreditam nas bondades do sistemacom elas, sem que recebam estabilidade democrática ufana suas classes dominantes com verdadeiro cinismo.
Não esquecemos as vidas arrebatadas de nossos companheiros de luta e de nosso povo durante todos estes anosao tempo que expressamos nosso afeto e solidariedade com os camaradas lesados, feridos de guerra e afetados por enfermidades. Doem-nos nossos prisioneiros e prisioneiras de guerra, Neste 51° aniversário, reiteramos que sem os direitos à vida, à integridade pessoal e à liberdade dos opositores, sem a vigência de garantias certas para o exercício de sua atividade política, sem o ressarcimento de seus direitos violados, é inútil pensar na finalização do conflito.
O imperialismo e a oligarquia deveriam entender isso depois de 51 anos de tentativas frustradas. As FARC-EP sempre sustentaram que a solução é política, pela via das negociações, mediante que ponha fim às causas que originaram e alimentam o confronto. Este aniversário coincide com um conjunto de avanços importantes nesse sentido, alcançados com o governo de Juan Manuel Santos. Ainda considerando a força das explicações pendentes, é inquestionável que o acordado em matéria dos três pontos da Agenda carece de antecedentes e abre as portas ao otimismo. A Mesa de Havana abriu as portas para as mais diversas representações das vítimas, incorporando a visão de gênero, produzindo o , celebrando pela primeira vez um acordo humanitário de descontaminação de explosivos. Implicou no reconhecimento das FARC-EP como organização política e validou tal caráter ante a comunidade internacional, representada pelos países acompanhantes e garantidores do processo, o que por sua vez recebeu as mais diversas manifestações de apoio, entre as quais cabe destacar a nomeação de enviados especiais por parte dos governos dos Estados Unidos e Alemanha. Também, e o mais importante, despertou um amplo debate nacional em torno do significado da paz e as aspirações do povo colombiano, que se mobilizou de forma majoritária em apoio à solução política, ao cessar-fogo bilateral e à Assembleia Nacional Constituinte.
submissão de uma delas ao império da que se considera mais forte, porque pode bombardear pelo ar e matar de uma vez, covardemente, dezenas de seus adversários.
Independente da Mesa de Conversações, o governo insiste em aprovar um marco legal para a paz e uma justiça transicionalqualquer discussão. Isso só pode despertar dúvidas e desconfianças.
só pode ser interpretada como a aspiração em obter mediante rios de sangue nossa rendição na Mesa de Havana.Juramos vencer!… E venceremos!
Montanhas da Colômbia, 27 de maio de 2015.
Vídeo: https://www.youtube.com/watch? v=9Vw5rQ4LBXA
Fonte: http://www.pazfarc-ep.org/index.php/noticias-comunicados-documentos-farc-ep/estado-mayor-central-emc/2728-farc-ep-51-anos-de-lucha-por-la-paz

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