A entrega do relatório final da Comissão Especial Provisória causou impasse entre governistas e oposicionistas na sessão desta segunda-feira (06). O relatório substituto concluiu que a obra está no prazo vigente e que a verba está assegurada junto à Caixa Econômica Federal. A justificativa do relator substituto, Sargento Bastos, foi a de que “algumas afirmações ficaram incompletas e houve a omissão de dados”.
Para a oposição, houve a intenção de cessar a investigação mais aprofundada da denúncia do ex-vice-prefeito, Antonio Carlos Chaves, sobre as irregularidades no saneamento do município. “O primeiro relatório apresentava denúncias que estamos tentando investigar, mas fomos impedidos pelos vereadores da base governista.
A reprovação do relatório apresentado pelo vereador Nalvinho foi também uma derrota do povo de Juazeiro. O primeiro relatório tinha não só os questionamentos encontrados, como também vários anexos importantes e informações obtidas na Caixa Econômica Federal. Os vereadores da base aliada do governo impediram que investigássemos essas denúncias.
O relatório solicitava nada mais do que a instalação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar as irregularidades demonstradas no relatório e, ao não aprová-lo, o presidente da Comissão, Mitonho Vargas (PT), ainda nomeou um relator substituto que apresentou um novo relatório que mais parecia uma colcha de retalhos e que pedia uma Comissão especial para investigar as irregularidades, mas só em 2017.
No segundo semestre, vamos reapresentar o pedido de CPI nesta Casa e eu quero pedir aos colegas que assinem. 65 milhões de reais foram enviados a esse município e os prefeitos Misael Aguilar e Isaac Carvalho não puderam ser chamados para prestar contas porque os vereadores governistas não deixaram”.
Autor do primeiro relatório, Nalvinho (PTdoB), partiu em defesa das denúncias apresentadas no documento. “Fiz uma análise consistente, coesa e com veracidade. Com o respeito que tenho ao sargento Bastos, esse relatório não tem o menor fundamento. O prefeito não tem cuidado dessa casa e os vereadores de situação ainda não deixaram implantar a Comissão Parlamentar de Inquérito. Foi apresentado o valor de R$45 milhões para fazer uma elevatória – isso não existe. Alto da aliança Antonio Guilhermino, entre outros, estão em situação horrível com esses esgotos a céu aberto e não podemos investigar o que está acontecendo. Estou aqui para ser fiscalizador e não julgador. 10 das elevatórias nem estavam no mapa. Isso é um absurdo”, finalizou.
O presidente da Mesa Diretora, Damião Medrado, pontuou sobre o impasse: “Iremos analisar os dois relatórios para verificar qual deles responde ao questionamento feito por Chaves.”
Por Laiza Campos/Fotos: Joselito Tavares
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