Indignado com a falta de medicamentos no posto de saúde de Sento-Sé, norte da Bahia, o comunitário Laurenço Aguiar soltou o verbo contra a administração municipal. Ele também não poupa o Ministério Público das críticas pelo que considera “tamanho descaso”.
Confiram:
A quantidade de matérias denunciando o descaso com os serviços públicos, aqui, é maior e em pior situação do que em qualquer outro município, pelo menos da região. Ao tentar pegar a medicação de controle da “diabete”, hoje 8 de junho, ouvi da senhora atendente do postinho de saúde que estão em falta os dois (“glibenclamida 5mg e metformina 850 mg”). E tem faltado “constantemente” remédios para hipertensos, diabéticos e de uso hospitalar.
Eu já pedi ao Ministério Público para botar a prefeitura para assinar o TAC – Termo de Ajustamento de Conduta -, que é um mecanismo que pode e deve ser usado para garantir que a sociedade tenha, pelo menos, os serviços essenciais funcionando, e não entendo como é que um órgão tão importante e poderoso “omite” o tamanho descaso, falta de respeito e responsabilidade com os direitos mínimos da população.
A manutenção desses medicamentos depende da organização mínima do setor de saúde, pois são “doados”. Sem falar nas muitas pessoas que já morreram de fora para dentro e de dentro para fora do Hospital Municipal. Essa grave situação continua piorando a saúde e ameaçando a vida de pessoas.
Em outros períodos ficou claro que apesar das dificuldades de se administrar um município, pelo menos era possível manter os serviços públicos funcionando em condição, mesmo que razoável.
Tomara que não venha botar fogo na minha casa, nem atentar de qualquer forma contra minha vida por exercer o meu papel de cidadão, defensor dos serviços públicos e dos direitos sociais.
Laurenço Aguiar/Comunitário de Sento-Sé (BA)
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